Cianotipia
Descoberto por Sir John Hershel em 1842,
é um processo fotográfico directo cuja emulsão fotossensível utiliza sais de
ferro. Sendo um processo monocromático, as provas que produz adquirem a cor
azul-escuro (cyan), daí derivando o seu nome. O pigmento é um complexo de
ferro, conhecido por ferrocianeto de ferro (III), ou hexacianoferrato (II).
Esta técnica foi muito utilizada para a
realização de cópias de projectos de arquitectura e engenharia, os chamados
“blueprint”.
Como meio de expressão plástica, teve
como pioneira a botânica inglesa Anna Atkins, que no seu livro British Algae,
de 1843, utilizou a técnica para mostrar uma série de imagens de plantas, tendo
sido considerada a primeira mulher fotógrafa.
As imagens têm características muito
próprias, em grande parte devidas à cor e à ausência de brilho. Quando viradas
com ácido tânico, têm tendência a escurecer para tons de cinzento azulado.
Vandyke Brown
Processo monocromático que utiliza sais
de ferro e prata. As provas assim concebidas são caracterizadas pela cor
castanho profundo, semelhante à utilizada pelo pintor flamengo do séc. XVII,
Sir Anthony van Dyck.
Este processo insere-se num grupo
específico, do qual fazem parte o Kallitipo e o Argyrotipo, já que têm em comum
a utilização da prata e do ferro como elementos constituintes da emulsão
fotossensível.
Papel
salgado
Inventado por Fox Talbot, na década de
1830, a impressão em papel salgado foi o primeiro processo fotográfico a ser
inventado e foi utilizado até cerca de 1855. É um processo de impressão
directa, em que a imagem se forma durante a exposição não necessitando de
revelação. Utilizando sais de prata, o processo passa pela prévia preparação do
papel com uma solução de cloreto de sódio (sal de cozinha). Após secagem, o
papel é sensibilizado com uma solução de sais de prata que reage com o cloreto
de sódio existente, formando cloreto de prata, um sal sensível à luz. Após
exposição, a prova é lavada e fixada.
Goma bicromatada
É um processo baseado no endurecimento
de uma solução coloidal (goma-arábica), através da acção de sais de crómio e da
luz. As zonas expostas endurecem proporcionalmente à luz recebida, criando a
imagem. Neste processo, à solução de goma-arábica é adicionada pigmento
solúvel em água, normalmente aguarela ou guache. Esta mistura é sensibilizada com sais de
crómio, criando uma emulsão fotossensível. Após exposição, a revelação é feita
com água, retirando as partes não endurecidas pela acção da luz.
Para garantir uma densidade final da prova
satisfatória o processo é repetido,
fazendo-se a exposição por camadas até se obter o efeito desejado.
Este método permite a realização de
provas a cores, por tricromia ou quadricromia, sendo necessário realizar uma
exposição por cada cor utilizando separação de negativos por cor. Embora os
princípios da goma bicromatada, sejam muito simples, pela sua morosidade,
habilidade manual, infinitas variações pessoais na sua execução e
tipologia das imagens obtidas, é um dos processos mais valorizados pelos
apreciadores.
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